JORNAL AMAZÔNIA, Belém, segunda feira 13 de setembro de 2010
Grupo se une pela internet para fiscalizar os serviços de coleta e destinação de resíduos em Belém
Indignados com a quantidade de lixo espalhado por Belém, médicos, professores, advogados, promotores de justiça, administradores e estudantes organizaram, pela internet um grupo de trabalho para fiscalizar os serviços de coleta e destinação de lixo e atuar na conscientização sobre a importância em se mudar os hábitos que justificam o título de capital mais suja do país.
O Grupo de Combate ao Lixo de Belém se reuniu ontem pela primeira vez na praça da República.
“Nós vivemos em uma cidade submersa no lixo e parece que estamos nos acostumando com isso. O que a gente quer é que as pessoas percebam isso e façam alguma coisa para mudar”, diz Ana Maria Magalhães, promotora de justiça e professora de Direito Ambiental, que organiza o movimento. “Esta idéia nasceu há cinco anos, mas foi há dois meses que ela começou a tomar forma, quando a gente começou o trabalho. O nosso próximo passo é a realização de um seminário sobre a questão do lixo, dia 16 de outubro, para ouvir todos os agentes, catadores, ONGs que fazem trabalho de reciclagem, a sociedade”.
Os voluntários se dividirão em unidades de trabalho para cercar o tema, desde os problemas na coleta, passando pelos termos dos contratos firmados entre a prefeitura e as empresas, até a estrutura existente de coleta seletiva e reciclagem. Alguns participantes decidiram colocar a mão na massa por conta própria. O administrador de empresas Augusto Rodrigues, morador do edifício Manuel Pinto da Silva, conseguiu reduzir o acúmulo de lixo em uma das calçadas do edifício apenas conversando com os visinhos. Augusto expôs em um cartaz imagens feitas por ele daquilo que ele considera um desrespeito ao espaço público: funcionários de uma loja de hortaliças depositando o lixo em um contêiner na calçada em horário incompatível com o da coleta.
O grupo de o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental, e da ONG Noolhar e de uma construtora. Para falar com o grupo, basta ligar para 8845-5040 ou para o 8707-6946.
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