sábado, 30 de outubro de 2010

Frase para pensar

A árvore, quando está sendo cortada, observa com tristeza que o cabo do machado é de madeira.
(Provérbio árabe)

Como fazer um saquinho de jornal

Saquinho de jornal  
Onde você põe o seu lixo?
 
A grande justificativa das pessoas que dizem que "precisam" de sacolinhas plásticas é a embalagem do lixo. Tudo bem, não dá mesmo pra não colocar lixo em saco plástico, mas  “Sacos de lixo Biodegradáveis” que são feitos com materiais orgânicos e de fibras vegetais levam bem menos tempo para se degradarem no solo assim causando menos impacto na Natureza.
 Além disso será que não dá pra diminuir a quantidade de plástico no lixo?
Melhor do que encher diversos saquinhos plásticos ao longo de uma semana é usar um único saco plástico dentro de uma lixeira grande na área de serviço, por exemplo, e ir enchendo-o por alguns dias com os pequenos lixinhos da casa (da pia, do banheiro, do escritório).
Se o lixo é limpo, como de escritório (papel de fax, pedaços de durex, etc), pode ir direto para a lixeira sem proteção.
No caso dos lixinhos da pia e do banheiro o melhor substituto da sacolinha é o saquinho de jornal. Ele mantém a lixeira limpa, facilita na hora de retirar o lixo e é facílimo de fazer.
Leva 20 segundos. A ideia veio do origami, que ensina essa dobradura como um copo. Em tamanho aumentado, feito de folhas de jornal, o copo cabe perfeitamente na maioria dos lixinhos de pia e banheiro que existem por aí. Veja:
Você pode usar uma, duas ou até três folhas de jornal juntas, para que o saquinho fique mais resistente. Tudo no origami começa com um quadrado, então faça uma dobra para marcar, no sentido vertical, a metade da página da direita e dobre a beirada dessa página para dentro até a marca. Você terá dobrado uma aba equivalente a um quarto da página da direita, e assim terá um quadrado.
Dobre a ponta inferior direita sobre a ponta superior esquerda, formando um triângulo, e mantenha sua base para baixo.
Dobre a ponta inferior direita do triângulo até a lateral esquerda.
Vire a dobradura "de barriga para baixo", escondendo a aba que você acabou de dobrar.
Novamente dobre a ponta da direita até a lateral esquerda, e você terá a seguinte figura:
Para fazer a boca do saquinho, pegue uma parte da ponta de cima do jornal e enfie para dentro da aba que você dobrou por último, fazendo-a desaparecer lá dentro.
Sobrará a ponta de cima que deve ser enfiada dentro da aba do outro lado, então vire a dobradura para o outro lado e repita a operação.
Se tudo deu certo, essa é a cara final da dobradura:
Abrindo a parte de cima, eis o saquinho!

É só encaixar dentro do seu cestinho e parar pra sempre de jogar mais plástico no lixo!
Que tal?
Pode parecer complicado vendo as fotos e lendo as instruções, mas faça uma vez seguindo o passo a passo e você vai ver que depois de fazer um ou dois você pega o jeito e a coisa fica muito muito simples. Daí é só deixar vários preparados depois de ler o jornal de domingo!

Fácil não? Então vamos lá, faça o seu em sua casa agora e elimine os sacos plásticos.

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cratera é um perigo na praça

Um flagrante do abandono em que Belém vive. Em plena praça da República no centro de Belém uma "cratera" chama atenção de quem por ali trafega. A foto mostra uma criança à beira do buraco cheiro de lixo.
Se já não bastasse a quantidade de lixos espalhados pelas ruas da cidade, agora são os buracos que infestam aos logradouros e praças, colocando em perigo as pessoas que usufruam do espaço reservado ao lazer. A SESAN se manifestou sobre o buraco encontrado no meio da praça da República, e disse que uma equipe iria ao local verificar a situação para, em seguida, tomar todas as providências.

Justiça enquadra supermercado

Até supermercado dá maus exemplos!
A Justiça estadual concedeu liminar requerida pelo Ministério Público do Estado, por meio do promotor de Justiça de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural, Marco Aurélio Nascimento, e mandou a empresa Formosa Supermercados e Magazine suspender imediatamente o depósito de lixo na passagem Boa Ventura, entre travessa Castelo Branco e avenida José Bonifácio, no bairro de Fátima. Os resíduos sólidos jogados naquela área vinham causando poluição ambiental e prejudicando os moradores. 
O supermercado terá também que construir, no prazo máximo de 120 dias, um local no interior do estabelecimento comercial para depositar os resíduos produzidos. Em caso de descumprimento, a Justiça determinou o pagamento da multa diária de R$ 10 mil, que devem ser revertidos ao Fundo Estadual de Reparação de Direitos Difusos e Coletivos. (Fonte: Jornal Diário do Pará)

Lixos entopem canais de Belém

Foto Jornal O Liberal
A maioria dos canais de Belém estão entupidos de lixos. Com a aproximação do periodo chuvoso os moradores que residem próximos desses canais começam a ficar preocupados. A Secretaria de Saneamento, órgão responsável pela limpeza da cidade, diz que os carros coletores de lixos e entulhos cumprem seus dias e horários, mas que a população joga e despeja os lixos logo após serem recolhidos.
Na verdade, a questão do lixo em Belém é uma questão social, pois não se vê campanhas educativas por parte dos órgãos competentes no sentido de conscientizar as pessoas para que armazenem seus lixos domésticos e entulhos em recipientes adequados, é que coloquem os mesmos somente nos dias de coleta.
Belém não suporta mais tanto lixo nas suas ruas, não é dificil ver flagrantes de pessoas jogando lixos nas vias e nos canais, sem que sejam pelo menos questionadas pelos atos de contribuir para a destruição do meio-ambiente. Em países mais desenvolvidos, a pessoa que for flagrada jogando lixo nas ruas é presa e paga multa com valor considerado. Não temos uma política pública com o objetivo de coibir, educar e conscientizar a sociedade do perigo que jogar lixo nas ruas nos traz.
Na verdade, o maior "culpado" pelo descaso, pela sujeira e pelas cenas vistas em Belém pertence em parte, as pessoas que continuam despejando seus lixos domésticos nas vias pública.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010


A ilha de lixo
O mar está cada vez mais poluído.
Mas um projeto quer transformar sujeira em moradia

O meio do Oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo  – são 4 milhões de garrafas e embalagens que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e formam um amontoado de 700 mil Km quadrados (duas vezes o Estado de São Paulo) . Um desastre – mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plástico e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial de aproximadamente 10  mil Km quadrados (equivalente a uma cidade como Manaus) e capacidade para 500 mil habitantes. Ela teria casas, lojas, praias, áreas de lazer e plantações – tudo apoiado num base de plástico flutuante. Seus criadores acreditam que a ilha possa se tornar auto-suficiente, produzindo a própria comida e energia. “Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A princípio, tudo será feito com o lixo que encontrarmos na área”, diuz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante seria cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente ( sem ameaçar a estabilidade da ilha)
O projeto recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para começar-  ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. “ A ilha não é economicamente rentável. Nós a vemos como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser humano”, diz Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse empreendimento continua boiando . Texto Lorena Verli, revista Superinteressaante n.284.

Lei 12305 de 02 de agosto de 2010

Como se processa a responsabilidade compartilhada

O exemplo de uma garrafa pet: a responsabilidade começa no consumidor, que deve refletir se essa garrafa vai ser reutilizada ou não, trata-se de um juízo de valor. E então ele, o consumidor, fará o descarte adequado, colocando a garrafa no lugar apropriado para a coleta.
Em seguida, o setor produtivo - fabricante, comerciante, distribuidor – vai ter que
viabilizar, em cooperação com o poder público, o retorno desse material pet para um centro de reciclagem, a fim de se tornar em uma nova matéria prima para um novo processo produtivo. O poder público tem que viabilizar esse processo. 


Os catadores ficaram fortalecidos

A Lei 12305 incentiva as associações e cooperativas dos catadores a  saírem da informalidade no setor. Quantas pessoas dependem da reciclagem no país?
Na indústria, elas seriam 60 mil e grande quantidade de mão -de -obra indireta.
Os catadores formariam um contigente de um milhão de pessoas. De forma organizada, eles seriam, hoje, apenas 40 mil, segundo dados do governo.

Um dos gargalos da coleta seletiva que deve ser vencida é o da baixa participação da população: uns que não sabem como; outros que se e frustram porque separam e depois a coleta leva tudo junto para o lixão.

Lixo vira energia

Existem no mundo mais  de 700 termelétricas que queimam lixo para produzir energia em países como Alemanha, Suécia e Japão. O custo é alto, mas para cidades onde não há mais espaço para o lixo pode ser uma solução. No Brasil só há uma funcionando no campo experimental da Universidade Federal do Rio de Janeiro, na Ilha do Fundão.

50/60% do resíduo produzido no Brasil é composto de matéria orgânica. Além do  adubo, esse material produz gás  para uso na indústria, veículos e energia elétrica.

Economia do lixo

Segundo estudiosos dessa área, com a lei de resíduos sólidos teremos no setor  um boom que vai crescer bastante. Existe, dizem eles, uma grande parcela desse material que está na ilegalidade e que, legalizado, irá proporcionar novos postos de trabalho formais, trazendo para o país desenvolvimento tecnológico .Texto  e pesquisa de Manoel Pompeu.

Le02 de agosto de 2010 n. 12305, de i


 Política nacional de resíduos sólidos

O que muda no país, nas cidades e na vida de cada  pessoa

A Lei 12305, de 02  de agosto de 2010, sancionada pelo Presidente da República, repousa em três princípios:

1 – princípio poluidor/pagador, quer dizer, quem polui paga por poluir.

2 – princípio da logística reversa, isto é, quem produz (produtos, por exemplo, como    pilhas,baterias, pneus, eletro-eletrônicos, agrotóxicos, etc) é obrigado a acompanhar até  o final. Significa que o fabricante deve descartar  o que produziu, convenientemente, dando destinação, sem agredir a natureza.

3 - princípio da responsabilidade compartilhada de todos os agentes: estados, municípios, consumidor.

 Atitude de cidadania é o que a lei quer gerar.

Assim, o lixão, comum na grande maioria das cidades brasileiras, passou a ser crime federal. Quem lançar lixo na natureza, pode ir para a cadeia. A lei dá sinal verde para os catadores e suas cooperativas. E mais, estabelece diretriz para o uso energético do lixo.
Como novo marco  regulatório, obriga que o lixo seja processado antes de ir para o aterro sanitário, abre o crédito para investimento dos resíduos sólidos, impacta na qualidade de vida, saúde e bem-estar das populações.

Dados estatísticos apontam que 60% dos municípios brasileiros despejam o lixo a céu aberto.  Significa 22 milhões de toneladas de problemas, equivalente a 154 estádios do Maracanã lotados.
Resultado disso: contaminação dos solos, das águas, do ar, proliferação de doenças e catadores que se misturam perigosamente com o lixo.

 A lei estabelece o prazo de 4 anos para os municípios se adequarem, apresentando planos que solucionem conjuntamente as questões de água e esgoto de cada cidade.
Para os municípios pobres existe a possibilidade de fazerem consórcios públicos entre si. No Rio Grande do Sul já existe uma experiência assim e a renda obtida pelo adubo orgânico gerado pelo lixo, é dividida entre os municípios participantes.
Como nos casos de luz pública, água, e telefonia a lei faculta a cobrança de uma tarifa de serviço do lixo.
O lixo chamado perigoso, que causa inflamabilidade, corrosividade e infectividade, se não forem convenientemente tratados e destinados ocasionarão penas de até 5 anos de prisão e multa para o poluidor.

Essa realidade, espera-se, está com os dias contados. Depois de 21 anos tramitando no Congresso Nacional a lei foi sancionada e tem 90 dias para ser regulamentada, quer dizer, até o final de novembro vindouro.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Maputo, na África, ou Belém, na Amazônia?

Amigos,  esta frase é de um site africano, mas, infelzmente, poderia ser de qualquer um de nós, que moramos em Belém.
 "O lixo é, talvez, um dos principais símbolos do nosso subdesenvolvimento. Nele está patente a nossa incapacidade de gerir a modernidade, de usar os meios modernos de administração de homens e coisas".
Name: Cine-clube Komba Kanema
Location: Maputo, Mozambique disponível em http://ideiasdebate.blogspot.com/2005/01/eliminar-o-lixo.html    acesso em 26/10/2010

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Grupo de Combate ao Lixo em Belém - GCLB, na luta por uma Belém limpa

Grupo de Combate ao Lixo em Belém - GCLB, na luta por uma Belém limpa

A ONG NOOLHAR enviou ofício ao Grupo de Combate ao Lixo em Belém - GCLB no qual  agradece pela participação do mesmo, ao se unir aos demais integrantes do evento "Levante - se e faca sua parte", realizado no último domingo 19/09 na Praça da República.


Na oportunidade, destacamos o trabalho incansável da Doutora Ana Maria Magalhães, idealizadora e coordenadora do grupo, que não mede esforços para, em conjunto com os demais componentes, lutar por uma cidade Limpa, decente e, acima de tudo, higiênica .


O Grupo de Combate ao Lixo em Belém vem  cada vez mais recebendo adesões de pessoas comprometidas e conscientes acerca dos problemas que o lixo nos traz, visando fortalecer o movimento e juntos defender essa causa que é um dever de todos, de forma a pressionar as autoridades competentes para solucionar o problema, bem como conscientizar a sociedade em geral  da importância de se tirar o lixo de nossas ruas, dando uma “cara" nova a nossa querida e bela cidade de Belém.


Fotos : Membros do Grupo de Combate ao Lixo de Belém .
enganjados Todos na Luta Por UMA Belém Mais Limpa.

Eis o Conteúdo do Ofício

Á

FORÇA TAREFA DE PROTEÇÃO A ZONA COSTEIRA

Att – Denis Moreira

A NOOLHAR agradece a presença da DEMA. PROCON, UFPA, UFRA, SPU, Batalhão de Polícia Ambiental – BPA, Grupo de combate ao Lixo de Belém e a INTERCOR, pela participação no evento que o Grupo de Ação pelo Desenvolvimento – GADE e a NOOLHAR, juntamente com seus voluntários, promoveram na Praça da República no dia 19 do corrente mês, o Movimento Mundial, “Levante-se e Faça sua Parte: Juntos nós Podemos!”. Foi um sucesso , é muito bom poder contar com estas instituições representadas por pessoas totalmente engajadas em promover a cidadania, através de manifestações de conscientização socioambiental em nossa cidade.

Nossos agradecimentos e Parabéns a todos que participaram,

Abraço a todos,

ONG NOOLHAR
Marcos Wilson
GADE

Coordenadora do Grupo de Combate ao Lixo em Belém dá entrevista ao jornal O Liberal

O LIBERAL - REVISTA TROPPO, 17 de outubro de 2010

Solidariedade para deixar Belém mais limpa

Entrevista
Cansada de ver o descaso com a monumental sujeira espalhada pelas ruas de Belém, a promotora de Justiça Agrária, Ana Maria Magalhães de Carvalho, mestre em Direitos Humanos pela UFPA e professora de Direito Ambiental, colocou em prática em julho deste ano o Grupo de Combate ao Lixo em Belém, que hoje conta com quase cem participantes. Confira o que a promotora falou sobre sua experiência como coordenadora do GCLB:

Troppo - Como o GCLB atua na prática?
Dra. Ana Maria – Não recolhemos lixo. Quando fazemos ações na Praça da República (sempre a mais suja) convidamos as cooperativas de catadores para fazer a catação e os acompanhamos fazendo a educação ambiental, mostrando para as pessoas as graves consequências do lixo para nossa cidade. Orientamos a população e fazemos palestras em escolas e condomínios. Temos vários subgrupos, cada um com uma incumbência.
Troppo – Por que há tanto lixo em Belém?
Dra. Ana Maria – Descobrimos que há diversos fatores: a coleta não funciona bem, isto é, o carro de lixo não passa por todas as ruas e a prefeitura não apresenta para a população a informação dos dias e trajetos que os carros de lixo fazem e nem disponibiliza a informação de endereços de ONGs que recebem o lixo que pode ser reciclado; o aterro sanitário do Aurá está descontrolado, inclusive, com violência, e o espaço não suporta mais receber os resíduos sólidos.
Troppo – Por que a população fica inerte diante desse quadro?
Dra. Ana Maria - As pessoas se acostumaram a viver em uma cidade submersa em lixo. Ninguém vê o lixo ou, se vê, encara com normalidade, o que não é. Por isso, ninguém se importa com quem joga lixo nas ruas e isso incentiva a insustentabilidade do meio ambiente urbano. Aqueles que lutam contra o lixo ou reclamam contra quem suja as ruas são vistos como gente chata, que se ocupa com coisa sem importância. E o poder público - municipal e estadual - não promove a educação ambiental nas escolas e nem para a população conforme preconiza a Constituição Federal/88. Por conta dessa incompreensão acerca do problema para a sociedade, o lixo não entra na pauta de discussão política. E nossa cidade vai ficando cada vez mais imersa em lixo.
Troppo – Então, é bom relembrar os problemas causados pelo lixo:
Dra. Ana Maria - O lixo é um grave problema a ser enfrentado para garantir a qualidade de vida e a própria sobrevivência humana. As pessoas não percebem que o consumo desenfreado determinado pelo progresso tem como conseqüência uma enorme quantidade de dejetos que irresponsavelmente largamos sobre a biosfera, causando uma poluição capaz de nos levar à própria extinção. Na Amazônia, esse fenômeno alcançou proporção ainda maior em decorrência da proliferação de lixões a céu aberto - a maior parte situada dentro de zonas urbanas populosas – que geram uma substância líquida resultante do processo de putrefação de matérias orgânicas – o chorume - que, ao penetrar na terra, contamina lençóis freáticos, rio e córregos, comprometendo tanto a água que bebemos quanto os alimentos irrigados a partir desses cursos d’água.
Troppo – O serviço de limpeza pública não tem amenizado o problema?
Dra. Ana Maria - A limpeza feita pelos garis é inadequada. Pode-se dizer que é só para “fazer de conta”. Outro dia mesmo, de manhã, na Praça da República, vi um gari varrendo o lixo para dentro do bueiro. Eles varrem o que não precisa (as folhas) e deixam todo o lixo que deveria ser catado. Vá à Praça da República ou à Praça Dom Pedro I ou em qualquer outro lugar depois da varrição que você verificará que pouco ou quase nada ficou limpo. A própria Praça Batista Campos, sempre a mais cuidada, está ficando suja. Outro dia eu vi que as águas dos monumentos estão repletas de lixo, em especial de campanha política e de publicidade de empresas que ainda se dizem comprometidas com o meio ambiente.
Troppo – Onde o GCLB atua com mais periodicidade?
Dra. Ana Maria - Nós nos dividimos em vários subgrupos. Um deles é responsável por fazer palestras em condomínios sobre separação do lixo e entrega a cooperativas existentes. Outro grupo está se debruçando sobre o contrato de coleta que a prefeitura mantém com empresas a fim de verificar o cumprimento. Outro grupo levantou todos os órgãos responsáveis pela administração da limpeza pública na cidade. Sabia que, dependendo do local, o órgão responsável pela limpeza pode ser a Semma, a Semad etc? Uma salada! Levantamos a situação do Aurá e descobrimos que a balança não está funcionando. Ou seja, a prefeitura está pagando por toneladas de lixo recolhido sem saber, ao certo, quanto pesou. Outro grupo organiza nossas ações de divulgação na mídia. Cada vez que sai na imprensa, ganhamos inúmeros novos membros, sem falar que as pessoas passam a falar do problema do lixo a partir de uma ótica ambientalista, consciente, responsável.
Troppo – Qual foi o pior quadro que a senhora viu nesse trabalho voluntário?
Dra. Ana Maria - O que mais me causa tristeza é a Rua João Alfredo, que no passado era tão charmosa e agora é um lixão a céu aberto o tempo todo.
Troppo – Como a população tem se comportado diante do trabalho de vocês?
Dra. Ana Maria - Todos compreendem e dizem que vão aderir. Ninguém diz que não é necessário cuidar da cidade. Mas muitos não acreditam que é possível modificar e acham que somente a prefeitura é que tem responsabilidade.
Troppo – Quais são as metas do GCLB daqui pra frente?
Dra. Ana Maria - Vamos fazer uma campanha em outdoors de conscientização e pedir que as pessoas não atirem lixo no meio fio porque vai direto para o bueiro. Estamos organizando também um seminário em que vamos discutir todos os problemas do lixo na nossa cidade, inclusive, ouvir os catadores. Será nos dias 25 e 26 de novembro, no auditório do MPF.

domingo, 24 de outubro de 2010

Bom exemplo - enfim, alguém consciente

Hoje tive a grata oportunidade de ver o proprietário da loja Só Flores, na Gentil Bittencourt, mandando limpar o meio fio e bueiro em frente a sua empresa. 
Eu passava por lá, de carro, quando meu filho avistou a cena tão rara e disse: mãe, diz um elogio para ele! Nao pensei duas vezes: parei o carro e parabenizei o ato de civilidade e consciência cidadã.

Quem dera se vários empresários de Belém fossem assim, conscientes. Na época das chuvas, certamente nao sofreríamos tanto com lixo nos bueiros.

Esgoto contamina mananciais de Belém

O jornal O Liberal deste domingo (24/10) mostra uma reportagem sobre o risco que correm os Lagos Bolonha e Água Preta, as fontes de água potável que abastecem a grande Belém, que estão  ameaçadas pelo cerco da urbanização.
Segundo a matéria, esses dois lagos recebem diariamente o "caldo sujo" dos esgotos, colocando em risco a saúde de parte da população que se abastece desses mananciais. Na parte mais próximas ao parque, no bairro do Castanheira, já no limite entre Belém e Ananindeua, é possivel visualizar que o caminho feito pelo esgoto das casas termina nos muros do Utinga.
É preoculpante a situação, pois as nossas fontes de água potável, poderão ser contaminadas, causando sérios risco a saúde das pessoas que dependem dos dois lagos. 
As autoridades devem agir antes que seja tarde demais.

sábado, 23 de outubro de 2010

Grupo de Combate ao Lixo em Belém realizará seminário para debater o problema

Datas: 25 e 26 de novembro de 2010
Local: Auditório do Ministério Público do Estado do Pará
Horário: 15 às 19 horas

Programação

25/11
Mesa 1: Atual situação do lixo em Belém
• Palestrantes: IMAZON e SESAN

Mesa 2: Experiência pioreiras: reduzir, reutilizar e reciclar
• Palestrantes: Cooperativa de catadores e Noolhar

INTERVALO

Mesa 3: Malefícios causados pelo lixo
• Palestrantes: Paratur e Dr. Newton Bellesi* (Climep)

26/11
Mesa 4: Gestão de resíduos sólidos
• Palestrantes: Prefeitura de Paragominas e Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP) – o Ministério das Cidades é nossa segunda opção.

Mesa 5: Responsabilidades por danos ou riscos
• Palestrantes: MPE e MPF

INTERVALO

Mesa 6: Propostas para a mudança da realidade na região metropolitana de Belém
• Palestrantes: Setor empresarial e Lúcio Flávio Pinto

Latinha de alumínio é o material mais reciclado no país

Latinha de alumínio permanece como o material mais reciclado no país, mostra IBGE

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil


Rio de Janeiro – O alumínio continua como a matéria-prima mais reciclada no Brasil. A pesquisa Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada hoje (1°), constatou que 91,5% das latinhas de alumínios são recolhidas para reciclagem. Bem atrás, estão as embalagens PET (54,8%), o vidro (47%), as latas de aço (46,5%) e o papel (43,7%). A reciclagem das embalagens de leite longa vida e de sucos estão em último lugar (26,6%). Esse tipo de material começou a ser reciclado nos últimos dez anos e está em processo de crescimento.

A reciclagem do alumínio, que no Brasil é uma das maiores do mundo, acima dos Estados Unidos (54,2%) e Japão (87,3%), caiu em 2008 em relação a 2007, quando o índice atingiu o pico de 96,5%. Apesar da diminuição, o percentual ainda é alto e reflete o valor de mercado da sucata de alumínio, uma das mais bem pagas pelo mercado.

De acordo com a Associação Brasileira do Alumiínio (Abal) 1 tonelada de latinhas (1 quilo equivale a 75 latinhas) custava R$ 2,780 mil na segunda semana de agosto. "É por conta disto que o papel, o vidro, a resina PET, as latas de aço, as embalagem longa vida, de mais baixo valor no mercado, apresentam índices de reciclagem bem menores", diz o documento. Um dos responsáveis pela pesquisa, Judicael Clevelario acrescenta a que a separação de materiais ainda é associada à imagem do catador, normalmente uma pessoa pobre ou desempregada, e não foi incorporada na rotina do brasileiro.

Para os próximos anos, a avaliação é de que com o estabelecimento de preços mínimos para os materiais, além do avanços das leis ambientais, da educação e da coleta seletiva, o percentual de reciclagem possa aumentar para todos os materiais. Como fator de estímulo à prática, a pesquisa destaca que a reciclagem reduz o consumo de energia e a extração de matérias-primas, evitando a emissão de mais gases de efeito estufa. As embalagens Tetra Park (empresa de processamento e envase de alimentos), em especial, diminuem a emissão de ozônio, porque dispensam refrigeração.

Edição: Aécio Amado
Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/meio-ambiente?p_p_id=56&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-1&p_p_col_count=1&_56_groupId=19523&_56_articleId=1033652

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

O que pode ser reutilizado ou reclclado? Como separar o lixo reciclável do rejeito?

1.) O que pode ser reutilizado ou reciclado?
PODEMOS RECICLAR plásticos em geral (sacos, sacolas, embalagens de shampoo, potes vazios de cremes de rosto, de cabelo, embalagens de plástico em geral), papel e papelão, vidro, metal, pneu, etc.
Até o óleo de cozinha - que é um produtos que mais poluem os mamanciais - pode ser reciclado, transformado em sabão. A ONG NOOLHARensina comunidades pobres a fazerem seu sabão com o óleo de cozinha que os paraenses conscientes entregam lá.

2.) COMO SEPARAR O LIXO QUE NAO É LIXO DO LIXO QUE É LIXO? Ou, em palavras técnicas, como separar o resíduo sólido reciclável do rejeito (= resíduo que nâo pode mais ser reutilizado ou reciclado?

a.) coloque o resíduo limpo, seco  (plástico de todo tipo, papel e papelão, vidro metal, embalagens, inclusive a de tetra park) em um saco;
b.) coloque o resíduo orgânico ou molhado (as sobras de alimentos, principalmente) em outro saco.

O lixo seco deve ser enviado para as cooperativas de catadores de lixo ou para a ONG NO OLHAR enquanto o lixo orgânico e molhado deve ser entregue para o carro de lixo da PMB, pois é rejeito, isto é, um lixo que nao pode mais ser reutilizados ou reciclado.

o que você, morador de Belém, ganha ao fazer a coleta seletiva de seu lixo doméstico?

Ganha muito. Vejamos:
- contribui para reduzir o volume de resíduos coletados pelo serviço de limpeza pública, reduzindo o custo  do serviço de limpeza pública (que paga por tonelada de lixo coletada);

- aumenta a vida útil do aterro sanitário = com a reutilização e reciclagem diminui a quantidade de rejeitos (lixo que nao pode mais ser reutilizado, reciclado ou reaproveitado) = menor pressão sobre os lixões e mais qualidade de vida para os moradores de Belém (o lixo causa doenças), pois gererá menos chorume para contaminar o solo;

- reaproveita os recursos naturais pois os resíduos que você separou será vendido para as indústrias, que o reaproveitarao no processo produtivo = menos pressao sobre os recursos naturais (que já estão se esgtotando); 

- ajuda a gerar renda para os catadores.de lixo = menos pobreza e marginalização, pois os catadores nao ficam nos lixões - onde lixo orgânico e perigoso se misturam ao que pode ser reutilizado e reciclado - e sim passam a receber diretamente do consumidor o lixo que será vendido para as indústrias;

- reduz a poluição do planeta e a sujeira da cidade;

- educa a população, pois outros seguirão o bom exemplo.

Em suma, com a reciclagem valoriza-se o lixo como uma fonte de recursos para a indústria e de geração de renda para milhares de paraenses, ao mesmo tempo em que se tem uma cidade mais limpa, mais saudável e com menos violência (o lixo atrai a bandidagem = quanto mais sujo, maior o aspecto de abandono da cidade.
Reusar, reutilizar, reciclar = este é o caminho para a sustentabilidade de nossa cidade. Junte-se a nós, seja um cidadão ambientalmente consciente. Todos ganham, principalmente nós, que moramos aqui.

Um pouco de descontração: piadas da narureza

Você, cidadão consciente, entregue seu lixo que nao é lixo em um desses endereços:

Telefones das Cooperativas de catadores de lixo que podem recolher o lixo que nao é lixo:
Cooperativa de Catadores:
fone 3039-3554 e 0800-7261036 - recebe todos os resíduos sólidos, exceto tetra park;

Ong NOOLHAR:
fone 3222-2277 - recebe todo tipo de material reciclável: plástico, vidro, tetra park, embalagens, papéis, metal, até óleo de cozinha (ela ensina as comunidades carentes a fazerem sabão).

Associação dos Catadores de Belém
Sr. Roselino - fone: 8810-9700

Associação dos Catadores da  Pedreira
Sr. Paulo - fone 8205-8848

Associação dos Catadores de Águas Lindas
Sr. Marcelo - fone 8193-7329

UFPA: nao posto de entrega de lixo, mas há lixeiras para depositar o lixo de forma ambientalmente adequada, isto é, lixeiras separadas para vidro, plástico, papel, material orgânico, etc


AMIGOS; TODO ESSE ESFORÇO É SOMENTE DA SOCIEDADE CIVIL.
NAO HÁ PARTICIPAÇÃO DE NENHUMA ENTIDADE PÚBLICA.
SOMOS NÓS, MORADORES DE BELÉM, CONTRA O LIXO, SEM APOIO GOVERNAMENTAL.. MAS ESSE ESTADO VAI MUDAR. VAMOS FAZER A NOSSA PARTE E COBRAR A PARTE DELES.  NÓS PODEMOS: TODO O PODER EMANA DO POVO.

Mercado Municipal da Pedreira - imundicie ao lado dos alimentos. Cadê a Sesan, Departamento de Feiras, que se omite em sua obrigação?

O observatório social do Grupo de Combate ao Lixo em Belém constata: o lixo no Mercado Municipal da Pedreira representa um sério risco para a saúde pública.
Explica-se: o lixo diário era depositado em um grande conteiner de metal e, no final do dia, uma empresa contradada pela PMB o recolhia. Mas agora, há  mais de dois meses, o procedimento mudou (para muito pior, claro): todo o lixo é simplesmente  jogado na calçada em frente ao mercado de carne e lá permance exposto o dia todo, a céu aberto. Veja a foto e constate por você mesmo.


O Grupo de Combate ao Lixo, por meio de um de nossos mais atuantes membros - Dr. Geraldo Tavares - denunciou o problema para a Sesan - Departamento de Feiras e Lixos (fone : 3039-3550), mas até agora os (i) responsáveis pelo controle do problema nada fizerem e a coisa imunda permanece do mesmo jeito.


O GCLB promete que nao vai deixar por isso mesmo.Se até a próxima semana a Sesan ainda nao tiver solucionado o problema , isto é, se perdurar o descaso para com a Saúde Pública de todos os que compram alimentos no Mercado Municipal da Pedreira, adotaremos as seguintes providências:
a.) ingressaremos com ação popular contra a PMB para que a Justiça a obrigue a respeitar nosso direito fundamental à saúde e promova a adequada limpeza e conservação da feira;
b.) representaremos ao Ministério Público pedindo a instauração de investigação criminal e  consequente processo penal contra todos os envolvidos - os particulares que deveriam fazer a coleta do lixo e os servidores públicos que nao estao fazendo o trabalho deles de forma condizente, atentando contra a saúde e o meio ambiente.
Gente: esse descaso é crime ambiental e é crime contra a saúde pública. Eles devem pagar por isso.


E o problema não ocorre só lá na Pedreira. O Mercado do Jurunas é ainda pior. Por isso, convidamos todos os que estao conosco nessa luta contra o desrespeito pela saúde da comunidade belenense a denunciar as feiras imundas de Belém. Você, amigo comprador das feiras, pode ser uma vítima de alimentos contaminados pelo mau gerenciamento dos resíduos sólidos (lixo) que a PMB promove na nossa cidade.
Denuncie, junte-se a nós nessa luta. É o controle social agindo em Belém para o bem da comunidade.
Escreva para o nosso blog ou para anamariabrabo@yahoo.com.br. Mande as fotos com as datas em que foram tiradas. Filmem.Nao se calem. É a nossa saúde que está em jogo.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Empresa contratada pela prefeitura despeja lixo em córrego em Belém

Um absurdo! Não é a toa que Belém é a capital mais suja do país e  seus habitantes são vistos como mal-educados porque convivem com grande quantidade de lixo pelas ruas, diariamente.
As imagens gravadas por um morador da região mostram garis da empresa TERRAPLENA - que é contratada pela Prefeitura de Belém para limpar a cidade - despejando uma montanha de lixo na beira do canal do Tucunduba, no bairro do Guamá.
Em qualquer outra cidade, um ato de barbárie como esse exigiria que a Prefeitura  rompesse o contrato com essa empresa, que sequer é capaz de qualificar seus funcionários para terem respeito com o meio-ambiente,.
Essa reportagem mostra uma imagem negativa de Belém,  pois, em rede nacional de televisão, mostrou para todo o Brasil, o povo educado que somos.
O Grupo de Comate ao Lixo em  Belém repudia veementemente esse ato de destruição do nosso  ecossistema e exige que a Prefeitura informe que providências adotou contra a Terraplena e seus dirigentes, bem como contra os funcioários que praticaram diretamente o crime ambiental. Todos devem ser punidos com rigor para que fatos idênticos não voltem a se repetir.
O Grupo de Combate ao Lixo também vai acompanhar junto ao Ministério Púlblico a ação penal que os  sócios da Terraplena e a propria empresa devem responder por crime ambiental.
O crime que a empresa e os sócios cometeram é punivel com pena de prisao de até cinco anos, conforme previsto na Lei de Crimes Ambientais.
Essa empresa descompromissada com a sustentabilidade de Belém também deve ser obrigada a limpar toda a área.
Vejam as imagens: são tristes e chocantes. 
Exigimos providênicias da Prefeitura e do Ministério Público. E que o Poder Judiciário passe a entender que Direito Ambiental é Direito Fundamental.
Esperamos que essa nao seja mais uma ação que prescreverá nas prateleiras da Justiça. 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Seminário: "A Situação do Lixo em Belém: uma visão interdisciplinar".

O Grupo de Combate ao Lixo em Belém está preparando um grande evento, um seminário no qual vai discutir a situação do lixo na nossa cidade. Veja a Programação do seminário: "A Situação do Lixo em Belém: uma visão interdisciplinar".  Todos os que amam Belém, que têm consciência que nossa cidade está desprezada e que querem fazer a sua parte estao convidados. Nao se conforme: merecemos viver em uma cidade sustentável.

O assunto do momento é o tratamento adequado do lixo. Para facilitar sua vida, o Grupo de Combate ao Lixo informa as definições relativas ao tema.

Conceitos relacionadas à Política Nacional de Resíduos Sólidos  
Lei 12.305/10
área contaminada: local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos; 
área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis; 
ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final; 
coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição ou composição; 
controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e participação nos processos de formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos; 
destinação final ambientalmente adequada: destinação de resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; 
disposição final ambientalmente adequada: distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos; 
geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo; 
gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei; 
gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento sustentável; 
logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada; 
padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras; 
reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; 
rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada; 
resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia disponível; 
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental decorrentes do ciclo de vida dos produtos.
reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; 
serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos: conjunto das seguintes atividades: a) coleta, transbordo e transporte do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; b) triagem para fins de reúso ou reciclagem, de tratamento, inclusive por compostagem, e de disposição final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; c) varrição, capina e poda de árvores em vias e logradouros públicos e outros eventuais serviços pertinentes à limpeza pública urbana.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Como jogar fora o tubo de pasta de dente

O Grupo de Combate ao Lixo de Belém, dando continuidade com sua missão que é tornar a capital paraense uma cidade limpa, bem como orientar as pessoas sobre como descartar adequadamente alguns itens de consumo como chicletes e tubos de pasta de dente, convida você a acessar o link abaixo:

http://colunas.epoca.globo.com/planeta/2010/10/18/como-jogar-fora-tubo-de-pasta-de-dente/

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Movimento orienta população para reciclagem


Alertar e conscientizar a população de que um mundo melhor é possível, basta que cada um faça sua parte. Para ajudar nessa atitude e mostrar que a responsabilidade sobre a qualidade de vida no planeta é de todos, o Movimento "Levante-se e faça a sua parte!" deu dicas de reciclagem e sustentabilidade; além da distribuição de 250 mudas de plantas, ontem de manhã, na Praça da República, em troca de materiais recicláveis, como latas e garrafas plásticas.
São parceiros do movimento ONGs como a Noolhar, o Grupo de Ação pelo Desenvolvimento (Gade), o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), a Força Tarefa de Proteção da Zona Costeira, Associações de Catadores de Materiais Recicláveis de Belém e o Grupo de Combate ao Lixo em Belém, que mostraram, em uma barraca montada na praça, como cada um pode fazer para contribuir para tornar os Objetivos do Milênio realidade, em especial o Objetivo 7, que trata da Qualidade de Vida e respeito ao Meio Ambiente.
"Queremos despertar e fazer as pessoas conhecerem mais sobre questões importantes como o lixo por exemplo, para trocar ideias e de forma interativa fazer um grande despertar, porque todos os outros Objetivos do Milênio estão relacionados com a questão ambiental’, afirmou Patrícia Gonçalves, coordenadora da ONG Noolhar. Ela diz que o grande entrave é que poucas pessoas sabem sobre os Objetivos do Milênio e também é necessário que o poder públicos saia do discurso para fazer alguma coisa pela vida do planeta.
Para a promotora agrária Ana Maria Magalhães, do Grupo de Combate ao Lixo em Belém, enquanto a sociedade não compreender que o lixo é um problema muito sério, que afeta a saúde, a economia, o turismo, a sociedade vai continuar pagando um preço caro pela qualidade de vida. Mas ela diz que a falta de políticas públicas é também um fator grave. "Na verdade quando o povo é mal educado, se não comrpreende essa questão, significa que quem está falhando é o poder público, que não está cumprindo o mandamento constitucional que confere a ele essa responsabilidade’, afrimou. Por causa disso, ontem o Grupo decidiu entrar com uma Ação Popular contra a Prefeitura de Belém, para exigir a recuperaçao do patrimônio arquitetônico da Praça da República e vai adotar a praça contra o lixo."
Na barraca do "Levante-se e faça a sua parte!", foram expostos vários produtos, como resultado da reciclagem e da educação ambiental. Além de sacolas, pequenos móveis e objetos, os artistas plásticos Domingos de Oliveira e Guilherme Pontes mostraram suas peças criadas com plásticos e lixo eletrônico. Domingos trabalha há 14 anos criando peças com jornal, bambu e garrafa pet. Ele cria baseado no referencial indígena, tendo como base a fauna, a flora, a cestaria e o grafismo, principalmente réplicas de animais ameaçados de extinção.
Veja alguns postos para entrega de lixo reciclável. Cooperativa de Catadores (3039-3554 e 0800-7261036) - recebe resíduos sólidos, exceto tetra park; Ong Noolhar - (3222-2277) - recebe óleo de cozinha, papel e pet; Postos na UFPa (3201-8252) - recebe plástico, papel, metal e vidro
Publicado no jornal O Liberal, edição de  20 de Setembro de 2010